Sou apenas mais um refugiado?

Como eu penso que seria bom se eu me mandasse dessa casa e fosse para qualquer outro luga? Essa deve ser a pergunta de vários adolescentes por aí, quando tem alguns que estão escondidos num lugar novo. Será que a Suécia, ou até mesmo o Brasil é um bom lugar para tirar férias? Não é o caso de quem virou um refugiado. Refugiado dentro do próprio lar, dentro de um canto qualquer, com as pessoas erradas que só me colocam em confusão. Refugiado sobre esse mundo, por que vim parar aqui, por que não podia ter a escolha de nascimento em mãos?

Agora pareço desacompanhado, posso chorar, gritar, sofrer abusos que ninguém vai notar ou me dar uma mão de ajuda? Quem sabe se tem alguém que poderia olhar por mim para me ajudar a não causar meu próprio sofrimento, meus próprios cortes, meu suicídio? Os mais velhos são espertos e quase a maioria já perdeu sua própria pureza, eles estão por aí ganhando em cima de quem acha que não tem opinião, fome, agonia e medo. E agora eu me transformei num refugiado, não por escolha, ou por opção, mas por que as circunstância me fizeram assim.

Olharia para o céu agora se pudesse, então lá vejo uma luz, uma pintura colocado sobre meus olhos. Eu posso ver muitos azuis, ou um cinza sem fim. Eu sei que existe um Criador lá em cima, mas será que ele olha por mim? Ele olha, e eu sei por que ele se manifesta através das pessoas. Eu estou à espera hoje de alguém que me diga que eu sou importante, que eu vou ter o básico que todo ser humano precisa: a água, o pão, a luz para tudo. Eu sei que Deus não enviou o seu Filho ao mundo representando tudo isso pra mim atoa. E se ele está aqui, eu continuo por enquanto sendo um refugiado, mas não um refugiado sozinho. Tem alguém cuidando de mim.

(Sobre alguém adolescente sem ninguém, mas que conhece Jesus)