Um sidecut na alma
Até que tentei fazer um sidecut falso, mas não consegui. Também, do que vale um sidecut falso? É melhor rapar de uma vez e quando todos me verem passar...
Mais de mutilações também aqui e ali, nada me deixa nervosa! Eu assisto pessoas fazendo a mesma coisa e para mim não há nada demais. Por que para se obter comum, é necessário insistir várias vezes nessa visão, daí não se torna desconhecido, muito menos estranho. É aquele sapato que entrou na moda, quando o vi pela primeira vez eu achei feio, mas depois de um mês com todo mundo usando eu comprei alpargatas!
Da mesma forma em que meus nerônios ficam mortos pelo Tumblr, eu durmo um pouco a noite sentindo-me quente, é uma sensação estranha de beber suco de laranja quente. Então me sinto só, precisando de alguma coisa lá no fundo, só não sei o que é. Tenho vontade de chorar, mas minhas lágrimas não caem. Nenhum beijo, nenhuma bebida, nada do que possa vir depois disso, nem loucura, muito menos brincar com a morte desfaz essa sensação dentro de mim.
Eu acho mesmo que vou conseguir ocupar esse buraco dentro de mim feito por essa bomba nuclear. Eu entro em tudo o que posso entrar, cuido de fazer mais exagerado do que os outros, as loucuras da vez. Até a GoPro quebrar. Eu estou indo mais profundo que qualquer um já possa ter ido. Só começou com um sidecut, e olha agora onde estou! É o meu mundo de faz de conta. É a minha ilusão maior. Stay High...
Como pude ser tão tola? Não adianta. E ainda sou um ser racional. Eu não fui feita para isso. Não fui feita para o stay high, por que no final da noite eu sempre vou deitar a minha cabeça no travesseiro e e chorar quando tiver mais fora de mim. Minhas mãos vão tremer, meus pés também. Meu coração estará retalhado, meu estômago esmagado pela cirrose e lá no fundo eu só queria saber lidar com a vida. Mas não adianta. Eu não sei. E quando tentei fazer a coisa certa para lidar com essa bomba nuclear, eu me transformei numa bomba. Mas como a noite é uma criança, eu estou prestes a explodir. Se não fosse ele, que entrou aqui na minha frente.
Jesus. Ele disse que veio ao mundo por causa de gente doente, gente ferida, pessoas com sidecut como eu. E mesmo stay high, ele me pegou no colo, teve paciência com o meu vômito, e me aceitou como estava. E agora? Eu não sei sobre as pessoas, sobre os prédios. Eu sei sobre Jesus. Ele nunca me feriu. E se ele é o Filho de Deus, ele é perfeito. Ele pode me curar. Ele pode me refazer, e por incrível que pareça ele pode me amar depois de tudo o que fiz. É Jesus, preencher meu motivo de tanto faz de conta. Chega. Acho que Jesus é mais louco que eu. Acho que a realidade dele supera meu faz de conta.
phto: vinstage, bruno guedes
Mais de mutilações também aqui e ali, nada me deixa nervosa! Eu assisto pessoas fazendo a mesma coisa e para mim não há nada demais. Por que para se obter comum, é necessário insistir várias vezes nessa visão, daí não se torna desconhecido, muito menos estranho. É aquele sapato que entrou na moda, quando o vi pela primeira vez eu achei feio, mas depois de um mês com todo mundo usando eu comprei alpargatas!
Da mesma forma em que meus nerônios ficam mortos pelo Tumblr, eu durmo um pouco a noite sentindo-me quente, é uma sensação estranha de beber suco de laranja quente. Então me sinto só, precisando de alguma coisa lá no fundo, só não sei o que é. Tenho vontade de chorar, mas minhas lágrimas não caem. Nenhum beijo, nenhuma bebida, nada do que possa vir depois disso, nem loucura, muito menos brincar com a morte desfaz essa sensação dentro de mim.
Eu acho mesmo que vou conseguir ocupar esse buraco dentro de mim feito por essa bomba nuclear. Eu entro em tudo o que posso entrar, cuido de fazer mais exagerado do que os outros, as loucuras da vez. Até a GoPro quebrar. Eu estou indo mais profundo que qualquer um já possa ter ido. Só começou com um sidecut, e olha agora onde estou! É o meu mundo de faz de conta. É a minha ilusão maior. Stay High...
Como pude ser tão tola? Não adianta. E ainda sou um ser racional. Eu não fui feita para isso. Não fui feita para o stay high, por que no final da noite eu sempre vou deitar a minha cabeça no travesseiro e e chorar quando tiver mais fora de mim. Minhas mãos vão tremer, meus pés também. Meu coração estará retalhado, meu estômago esmagado pela cirrose e lá no fundo eu só queria saber lidar com a vida. Mas não adianta. Eu não sei. E quando tentei fazer a coisa certa para lidar com essa bomba nuclear, eu me transformei numa bomba. Mas como a noite é uma criança, eu estou prestes a explodir. Se não fosse ele, que entrou aqui na minha frente.
Jesus. Ele disse que veio ao mundo por causa de gente doente, gente ferida, pessoas com sidecut como eu. E mesmo stay high, ele me pegou no colo, teve paciência com o meu vômito, e me aceitou como estava. E agora? Eu não sei sobre as pessoas, sobre os prédios. Eu sei sobre Jesus. Ele nunca me feriu. E se ele é o Filho de Deus, ele é perfeito. Ele pode me curar. Ele pode me refazer, e por incrível que pareça ele pode me amar depois de tudo o que fiz. É Jesus, preencher meu motivo de tanto faz de conta. Chega. Acho que Jesus é mais louco que eu. Acho que a realidade dele supera meu faz de conta.
(Sobre o que Jesus me mostrou da minha geração .
Dedicado a Mick Slow)
Dedicado a Mick Slow)
phto: vinstage, bruno guedes