Todo cristão diz: Eu queria que as pessoas tivessem o que eu tenho. E o que é?

Não se trata de nenhum material, nem de uma conta bancária recheada. Não se trata de ser maior do que todos ou apenas momentos infelizes. Não é se levantar pela manhã como num filme onde tudo é perfeito, as vezes é bagunçado, babado e até risonho mesmo. Tem um milhão de coisa cercando as pessoas e elas podem querer várias coisas, buscar e perseguir, mas talvez não encontrarão isso sendo cristãs de fato.

A busca no coração não é por coisas superficiais, nem domar a força quem nada quer com a vida. Não é endeusar interesses próprios, muito menos forçar a todos a viver com base numa dor que é tudo o que se pensa. Não é se voltar à pequenas diferenças, ou até grandes, mas elevar-se sobre elas. Não é encontrar na modernidade o inferno ou o céu. Não é continuar traumatizado. Não é mesmo um tanto de coisa.

Eu queria que as pessoas tivessem consolo, porque todas sofrem. Eu queria que elas fossem desesperadas pelo abraço de Jesus como sou. Eu queria que elas ficassem em silêncio, desconectadas por dias vendo quem realmente são na frente do espelho sem plateia, maquiagem, filtros, mas com Jesus do lado. Eu queria que mesmo no dia mais sombrio, dolorido e pesado elas encontrassem o olhar de Jesus por elas e a ele desse o último suspiro em adoração.

Eu queria que as pessoas vissem que esse mundo não tem de fato nada de bom que dure para sempre. Queria que elas percebessem o vazio que todos nós somos e não há nada que mude, a não ser Jesus. Eu queria que elas resistissem o que há fora, o que é por dentro de si mesmo, mas se abrissem totalmente para o céu. Eu queria que elas respirassem por Jesus. Eu queria que elas enquanto correm pelo errado e seja o que for, parasse o passo bruscamente por Jesus.

Eu queria que elas chorassem de vez tudo o que tem para chorar com Jesus. Eu queria que elas então rissem por toda a eternidade de glória com Deus que as aguardam e vissem que nada daqui pode se comparar com o que há de vir, por isso é possível suportar. Eu queria, sobretudo, que a única percepção, para todo o resto, fosse Jesus. Encontradas em seu abraço, nas suas palavras, na sua salvação e libertação com Vida, Verdade pelo Caminho que ele é.

Eu queria então que, como Jesus, todas as pessoas se voltassem ao Pai, Deus de toda a criação que somos nós: meninos perdidos andando por aí sem saber muito, que só precisam de paternidade e identidade restaurada pela comunhão plena em Deus. Eu queria que as pessoas finalmente vissem que o amor de Jesus é como uma tempestade, lá em alto mar. Então elas perceberiam que ser cristão é nada mais que seguir a Jesus, amá-lo e tê-lo como melhor amigo para conectar em Deus e adorá-lo em Espírito e em verdade como criaturas racionais que voltam a essência real de toda criação, em meio a todo esse amor provado com sangue na cruz. Eu queria que as pessoas tivessem o que eu tenho e é tão grande que essas palavras não chegaram nem perto de definir; é eterno.
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